quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Paulo Freire

Leitura de férias

Meus sobrinhos postiços me apresentaram um livro que eles gostam muito.
É do autor, violeiro e contador de histórias, Paulo Freire  que nos encanta com dez histórias sobre crianças e o mágico universo das estrelas e dos planetas.
No livro "O céu das crianças" meninos e meninas tentam descobrir como é a estrela dos anjos, uma menina magrinha  com a ajuda de um arco e uma flecha consegue chegar nessa estrela. Eis a descrição do lugar: " Olhou em volta e viu o lugar mais bonito da sua vida. Não falava nada, de tão emocionada." p11

Há ainda a estrela de um monstro que graças ao planetinha Piriri Pororó Pururu soluciona o terror  que os gritos do monstro causam nas estrelas, luas e cometas.
O livro é um companheiro de um solitário cãozinho que mora em uma estrela cheia de mistérios. Quando é visitado por um  menino há várias descobertas...
E o amor de Cravo e Canela, duas estrelas que são separadas por uma sacudida no céu.
Com um balão três crianças pousam em uma estrela de quinze pontas e conhecem os korékos.
Bem, é uma leitura para todas as idades, inclusive indiquei para a avó das crianças!!



Dr.Seuss

Leitura de Natal



Encarnado por Jim Carrey no cinema, o Grinch é um dos personagens mais conhecidos de Dr. Seuss. Nervoso e emburrado, esse monstrinho não quer deixar as festas de fim de ano acontecerem: "O Grinch odiava o Natal! A véspera e toda aquela confusão!Por favor, não pergunte por quê. Ninguém sabe a razão.Talvez porque ele tivesse um parafuso a menos.Talvez, quem sabe, seus sapatos fossem muito pequenos.Mas eu acho que o motivo mais correto é que ele não tinha o coração do tamanho certo. Mas,qualquer que fosse a razão, os sapatos ou o coração, ele ficava, na noite natalina, odiando a confusão, olhando de sua caverna, com uma careta grinchenta e azeda, lá embaixo, na aldeia, as janelas acesas. Pois ele sabia que cada quem daquele povinho estava ocupado, pendurando enfeites de azevinho.
Este é um clássico obrigatório para ser lido no natal. A história do monstrinho verde que odiava o natal vai para sempre encantar a todos, assim como a versão dos cinemas eternizada por Jim Carrey.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Paul Cézanne

Correspondência

Gosto de ler livros sobre artes e biografias sobre artistas do século XIX. Encontrei em uma Banca de Livreiros um livro que fala das cartas do artista pós-impressionista Paul Cézanne para sua família e amigos, destacando a amizade dele com Émile Zola e Baptiste Baille, amigos desde sua juventude.
Há poemas traduzidos e no idioma original, o francês, no apêndice do livro. Em uma carta a Zola datada de maio de 1858 lê-se o o seguinte verso:
"Seja perfeita a tua saúde
E sê no amor sempre feliz.
Que belo é estar apaixonado!
Isso é tudo o que te desejo."











Em suas figuras e naturezas-mortas conhecemos um pouco de sua história, contextualizamos suas obras com o que acontecia em Paris e suas relações com as artes.
Zola escreve em junho de 1858 para o pintor e fala da "cidade luz":" [...] Paris é grande, cheia de distrações, de monumentos, de mulheres encantadoras."




É na segunda metade da década de 1880 acontece a ruptura entre Cézanne e Zola depois da publicação do romance do escritor, A obra, em 1886. O pintor se reconhece no personagem Claude Lantier, um pintor provençal sempre excluído dos salões parisienses que acaba se suicidando.Essa publicação causou-lhe grande desilusão e profunda dor; depois de mais de trinta anos do mais afetuoso relacionamento, ele preferirá a separação a conciliações indignas da amizade que tinha sido a deles.
Fotografía de una obra del pintor impresionista francés Paul Cézanne (1839-1906) representando a jugadores de cartas, que forma parte junto a varias otras pinturas que se podrán contemplar desde este 9 de febrero 2011, en la exposición "Los jugad






" Em minha opinião, não se substitui o passado, apenas se acrescenta a ele um novo elo." Trecho de uma carta de Cézanne para Roger Marx, crítico de artes  que defendia o pintor em vários artigos e publicações. 










               

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Lote 42


Mó Ódio


Mó Ódio
Em uma de minhas visitas às feiras de livros encontrei o estande da editora Lote 42 e comprei esse encarte-livro, nem sei se é assim que eles chamam, mas, é "Mó doido".

São mais de vinte citações de autores clássicos como Homero, Aristóteles e autores brasileiros, Machado de Assis, Monteiro Lobato e Guimarães Rosa impressos de maneira a serem destacados e lidos separadamente e com ilustrações de João Montanaro.Os textos e citações não são alterados ou adaptados. A publicação do zine( brochura) é trimestral e o próximo título já foi lançado: Mó Loucura.





"Ao se proclamar a igualdade de todos, foi promulgada a Declaração dos Direitos da inveja."

Honoré de Balzac- Beatriz






" O coração humano tem uma odiosa tendência a só chamar de destino aquilo que o esmaga."
Albert Camus- O mito Sísifo

"Chegou a hora de a igualdade passar a foice por todas as cabeças. Portanto, legisladores, vamos colocar o terror na ordem do dia."
Maximilien Robespierre- Discurso na Convenção


Fica a dica da editora, o leitor cavocar mais fundo depois da leitura do que foi selecionado naquilo que o instigou mais.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Loretta Chase

O Príncipe dos canalhas

Segundo o Romantic Times a autora Loretta Chase é " uma maravilhosa contadora de histórias e criadora de personagens sempre originais, inspiradores e emocionantes."
Já para o The New York Times o livro é "Divertido, comovente, bem escrito e escandalosamente sensual."
"Humor, intrigas e um grande romance!"- The Reader's Voice
 Reforçando as boas críticas, adorei o livro, prendeu-me a ponto de esquecer-me de fazer as coisas básicas.O romance quase impossível entre o terrível marques de Dain, que era conhecido como lorde Belzebu  e a liberal Jessica Trent fascina pela descrição da cidade luz e pelo sentimento que despertam um no outro o que faz com que se tornem o assunto de Paris e com que vários lordes façam apostas do que resultará dessa união se é que haverá alguma.
"Apertava a boca com força contra a sua, uma boca quente, macia e refrescante como a chuva de primavera. Ela exalava um perfume de sabonete de camomila, lã molhada e mulher." p69
"Ele se movia com uma graça inerente: forte, poderoso e seguro de si. Jessica não precisava pensar, apenas se deixava conduzir pelo salão enquanto seu corpo ardia com a presença única dele: o ombro rijo sob sua mão... o corpo musculoso a poucos centímetros do dela... o aroma sedutor de fumaça e água-de-colonia e o cheiro de homem..."p87
Os dois são geniosos, os diálogos bem costurados e com humor.
De acordo com Aristófanes: " Não há animal mais invencível do que a mulher, nem o fogo nem qualquer felino selvagem consegue ser tão implacável."
A mademoiselle Trent é uma dessas mulheres...
A Editora Arqueiro já lançou o próximo da série: "O último dos canalhas" que tem o mesmo apelo histórico e que tem aparições desse fantástico casal.