Correspondência
Gosto de ler livros sobre artes e biografias sobre artistas do século XIX. Encontrei em uma Banca de Livreiros um livro que fala das cartas do artista pós-impressionista Paul Cézanne para sua família e amigos, destacando a amizade dele com Émile Zola e Baptiste Baille, amigos desde sua juventude.Há poemas traduzidos e no idioma original, o francês, no apêndice do livro. Em uma carta a Zola datada de maio de 1858 lê-se o o seguinte verso:
"Seja perfeita a tua saúde
E sê no amor sempre feliz.
Que belo é estar apaixonado!
Isso é tudo o que te desejo."
Em suas figuras e naturezas-mortas conhecemos um pouco de sua história, contextualizamos suas obras com o que acontecia em Paris e suas relações com as artes.
Zola escreve em junho de 1858 para o pintor e fala da "cidade luz":" [...] Paris é grande, cheia de distrações, de monumentos, de mulheres encantadoras."
É na segunda metade da década de 1880 acontece a ruptura entre Cézanne e Zola depois da publicação do romance do escritor, A obra, em 1886. O pintor se reconhece no personagem Claude Lantier, um pintor provençal sempre excluído dos salões parisienses que acaba se suicidando.Essa publicação causou-lhe grande desilusão e profunda dor; depois de mais de trinta anos do mais afetuoso relacionamento, ele preferirá a separação a conciliações indignas da amizade que tinha sido a deles.
" Em minha opinião, não se substitui o passado, apenas se acrescenta a ele um novo elo." Trecho de uma carta de Cézanne para Roger Marx, crítico de artes que defendia o pintor em vários artigos e publicações.
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