quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A história do Brasil


Comecei a estudar a história do Brasil aos onze anos na Educação Básica e por ler muito eu achava estranho alguns fatos estudados, principalmente os que envolviam os índios e os negros.A passividade dos primeiros nativos de nosso país mediante a tantos acontecimentos, a assimilação com os novos costumes e culturas sempre deixava-me com a pulga atras da orelha.
O jornalista Leandro Narloch, logo na introdução de seu livro deixa explícito que ele tem pesquisas históricas sérias, que vai enfurecer um bom número de cidadãos.
Não enfureci-me, pelo contrário, a leitura veio de encontro às minhas dúvidas e  certezas.De maneira clara, é relatado a participação dos índios no extermínio de outros índios, o deslumbramento com a vida dos europeus causando um êxodo das tribos para o meio dos portugueses e, até mesmo adotando seus nomes.
Encontramos com detalhes a vida dos negros no período colonial, e o que eles faziam quando eram "forros", nada muito diferente da vida que almejavam quando escravos.Ironicamente,alguns conseguiam prosperar, como Zé Alfaiate que virou comerciante de escravos. 
"Talvez Zé Alfaiate tenha entrado para o tráfico por desejo de vingança, na tentativa de repetir com outras pessoas o que ele próprio sofreu. O mais provável, porém, é que visse no comércio de gente uma chance comum e aceitável de ganhar dinheiro, como costurar ou exportar azeite."p.80
O capítulo que fala dos escritores brasileiros, mostra um Machado de Assis como censor das artes, José de Alencar defensor da escravidão, Jorge Amado fã dos maiores tiranos do século XX, Hitler e Stálin; Graciliano Ramos fazendo previsão de que o futebol não agradaria aos brasileiros em 1921 e muito mais.
Você sabe a origem da feijoada?E o que aconteceu na Guerra do Paraguai?E quem era de fato Aleijadinho? Descubra isso e outros detalhes da história brasileira lendo esse livro que foi um enorme sucesso e teve boas críticas.

NARLOCH,LEANDRO.Guia Politicamente incorreto da história do Brasil.São Paulo: Leya,2011.

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